sábado, 19 de dezembro de 2009

Cinquentinha tinha tudo e no fim foi nada

Tá. O assunto está um pouco atrasado. Mas foi até bom eu ter deixado pra falar disso agora que terminou, e não no começo, como pretendia fazer.

A minissérie Cinquentinha, de Agnaldo Silva, veiculada durante as duas últimas semanas pela Rede Globo, não tinha me despertado interesse.

Começou com Renata Sorrah declinando de papel. Aí veio Marília Uva Maçã SaladaMista Pêra substituindo. E achou ruim não ter mais destaque, com a rainha na barriga por ser estrela, merecedora de algo além de ser escada para Suzana Vieira. Abandonou no meio.

Cenas gravadas descartadas, vem Betty Lago pra tomar o posto. E ficou.

Mesmo com algum falatório antes da estreia, eu não estava empolgado. Sinceramente, eu ficava mais preocupado em não perder o horário da Fazenda e do Ídolos na concorrência.

Então, a série começou e a Record passando aquela novela Poder Paralelo que morre protagonista. Resolvi dar uma chance pra Cinquentinha, sob ameaças virtuais de Erick.


Daí que eu adorei. Marília Gabriela pegando rapazote e depois comendo a Angela Vieira. Susana Vieira vivendo o papel mais auto biográfico que a TV brasileira já viu. E Betty Lago... bem... Betty Lago substituindo Sorrah e Pêra.

A historinha era bacana, o elenco era forte. Me prometeu diversão. Dei algumas boas risadas no começo. Houveram SENAS excelentes quando as protagonistas se embebedaram.

Só que a coisa num me segurou. Começou a ficar mais interessante baixar CDs da internet e conversar no msn do que deixar todo mundo no vácuo para prestar atenção como no primeiro episódio.

A série perdeu-se no caminho, a meu ver. As atuações ficaram forçadas. As situações absurdas demais. Os personagens não tinham profundidade. Os arcos de histórias se perdiam uns dentro dos outros. Até Susana fazendo papel de si mesma parecia não se encaixar mais.

Cinquentinha acabou. E ontem eu vi uma cena ou outra de relance, sem muito apego. Nem entendi como terminou. E tenho a nítida impressão de que não perdi muita coisa.

Agnaldo, com toda sua megalomania, não trouxe nada de mais para as noites do público. Foi mais do mesmo. Ele que sempre se acha o melhor e minimiza o talento de outros autores, tentou fazer seu próprio Avatar, mas, como não é James Cameron, não conseguiu.

Agora é esperar os especiais de final de ano para ver se surge algo ainda mais fraco do que o Sex and the City da terceira idade da Globo.

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